Não há luz sem escuridão.
XEQUE MATE!!!!!!
A noite já havia começado a chegar. Aquele homem, bastante apressado, mal podia falar, ofegante, parecia ter andado por quilômetros às pressas. Luíza, com a filha receosa entre suas pernas, o acompanhava, tentando não se contagiar pelo medo que o ambiente, somado ao homem, transmitia.
De repente, entre um muro de folhas, outro vulto ergueu-se. Luíza, em alguns segundos, já não encontrou junto a ela Cecília. Gritou para que Aurélio parasse a caminhada apressada, mas não foi atendida. Arrancou as folhas da parede de onde veio o vulto, chamando por Cecília. Não ouvia gritos, nem nada da filha. De repente, um estalo alto. Um corpo de criança degolado desabou em seus pés. Horrorizada, Luíza abraçou o que restou da menina, gritando de dor. Até que foi a vez dela. Sentiu o sangue respingar do pescoço. Deitou-se, perdendo a vida.
No fim, as pupilas se dilataram, fundindo-se à noite.