Não há luz sem escuridão.
VOCÊ DESVENDOU O ENIGMA!
A luz do luar estava forte mais adiante.
_ Olha, é o miolo do labirinto! – exclamou Cecília, pulando do colo da mãe.
De fato, era o centro do labirinto. Um lugar mais elevado e que dava impressão de ser próximo do céu. Mas o que mais chamou a atenção de ambas foi uma espécie de templo em forma de esfinge dourada construída bem no meio. A lua iluminava ainda mais o dourado e, sobretudo, a cabeça da esfinge.
_ Eu desvendei! Você disse que não há luz sem escuridão, então segui pelo escuro para encontrar minha luz! Minha filha! Onde está minha filha? – Luíza parou em frente à esfinge, sentindo-se louca por falar com ela.
Por um momento o silêncio foi absoluto, até que um ranger anunciou a abertura da esfinge. A boca, que era uma porta, escancarou-se e de pé, mas cambaleando, estava Júlia, sorridente ao ver a família. Mãe e irmã correram para abraça-la, aos prantos. Do alto da esfinge, um ser de capuz branco as observava e, após um tempo, com sua voz metálica, anunciou o fim.
_ Uma esfinge sempre cumpre com o enigma. – disse – vocês tiveram a sorte e o raciocínio que outras famílias não tiveram. Agora podem ir, pelo mesmo caminho que fizeram.
Mãe e filhas foram, quase que anestesiadas pela angústia daquele longo e horripilante dia.
Hmmm... Uma esfinge que se preste mantém sua palavra. Você me decifrou, considere-se privilegiado e saboreie esse desfecho tão positivo! (Que eu vou em busca de outra refeição...)