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  Na entrada do labirinto havia uma cerca de arame farpado envolvendo uma placa antiga. Luíza parou por um instante, refletindo como a filha poderia ter passado por ali. Com esforço, ela conseguiu remover a placa enrolada no arame. Na placa, não havia bem um nome, como o esperado, mas sim grafada a frase “decifra-me ou te devoro”. A frase não era estranha.

_ É da esfinge.

Aurélio, o velho vizinho afagou a cabeça de Cecília quando se aproximou.

_ Esse labirinto foi batizado de “Esfinge”, logo quando foi construído. A família que construiu essa casa era descendente de egípcios. – disse, deslizando o dedo indicador sobre a frase na placa. – O mito da esfinge diz que ela devora quem não cumpre os enigmas...

_ Sim, conheço o mito, senhor Aurélio. Minha filha, Júlia, ela sumiu. E achei que...

_ Você quer entrar nesse poço de maldições? E ainda com uma criança?

Aurélio censurou Luíza que, desconfortável com Cecília cobrindo o rosto, trêmula, gaguejou nas primeiras tentativas de defesa, até recobrar-se e em tom decidido dizer que não tinha receio e que precisava encontrar Júlia antes do anoitecer.

   Alguns segundos observando aquela mãe preocupada retirando o arame farpado para adentrar o labirinto, Aurélio resolveu ajuda-la, detendo por um instante o medo do lugar. Cecília, ainda amedrontada, sabia, no fundo, que deveriam adentrar o labirinto e procurar pela irmã.

   Assim que conseguiram livrar a entrada do arame, Luíza observou entre as folhas do labirinto uma espécie de brasão: a esfinge, esculpida em metal gasto e corroído pelo tempo.

Acha que pode decifrar o desaparecimento de Júlia? Entre no labirinto.
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