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   Aquilo parecia nunca ter fim. O relógio já marcava quinze para as onze da noite. Dessa vez, Luíza não só estava certa de que algo ruim tinha ocorrido com Júlia, como também temia pela vida dela e de Cecília. Caminharam tanto, em tantos corredores encaracolados, que não achando o dito “miolo do labirinto” ficaram sem reação e ânimo para tentar qualquer coisa. O desespero, agora, batia em Luíza, só de pensar em toda essa situação. Não sabia se ficava atenta a Cecília, sentada no chão, ou se apalpava todas aquelas paredes cobertas de folhas. Gritava por socorro, na tentativa de ser ouvida. Até que de repente, uma pedra voou em sua direção. Nela, havia um pedaço de papel envolvo com barbante.

Até Cecília deu um sobressalto, correndo para ler a mensagem.

“Não há luz sem escuridão”

   Apenas. Luíza imediatamente lembrou-se de Júlia, a quem, quando mais nova, chamava de “pequena lusinha dos meus dias obscuros”. Chorou. Não entendia quem estava fazendo aquilo.

_ Tá tudo tão escuro, mamãe! – disse Cecília, abraçando a mãe.

Luíza concordou, até perceber que de fato, estava tudo muito escuro. Mas nem tudo. Alguns lugares estavam menos escuros, dada a luz do luar.

_ Desgraçado! Desvendei o enigma!

 

 

         Se Luíza desvendou o enigma, o que ela fez em seguida?

Luíza seguiu pelos caminhos mais escuros, certa de que, em meio a tanta escuridão, encontraria sua luz.

Luíza seguiu pelos caminhos mais iluminados, confiante de que eles a levariam até Júlia.

Sinais Roof Intruder - Unknown Artist
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